Como equilibrar os papéis de mãe, mulher e parceira em uma rotina cheia de demandas, sem abrir mão de si mesma.
Ser mãe é, sem dúvida, uma das experiências mais transformadoras da vida de uma mulher. É um amor que transcende, um cuidado que se doa, uma entrega que muitas vezes beira o esgotamento. Mas, nesse processo tão intenso de maternar, onde fica a mulher que deseja, sonha, se cuida e ama? E a relação a dois — como sobrevive à rotina, às cobranças, às noites mal dormidas?
Neste Dia das Mães, convido você a refletir sobre como é possível honrar o papel de mãe sem perder a conexão com quem você é como mulher e parceira. Com base na minha experiência como psicóloga especialista em relacionamentos e criadora da metodologia Casamento de Alta Performance, quero trazer algumas reflexões e caminhos possíveis para que o amor se mantenha leve, saudável e conectado — inclusive com você mesma.
Ser mãe é transformador, mas não precisa ser anulador
Muitas mulheres, ao se tornarem mães, passam a acreditar (ou são levadas a acreditar) que seu papel principal — e às vezes único — é o de cuidar dos filhos. A sobrecarga mental e emocional, somada à falta de apoio, acaba fazendo com que o desejo, o autocuidado e a intimidade fiquem em segundo plano. Mas ser mãe não precisa (nem deve) significar abrir mão da própria identidade.
Segundo a psicóloga e pesquisadora Laura Gutman, “a mulher se vê diante de um novo nascimento: o do seu eu materno”. E, nesse processo, é fundamental que ela também se acolha, se cuide e se permita sentir prazer — não apenas como mãe, mas como mulher.
O impacto da maternidade nos relacionamentos
É comum que o casal passe por um período de distanciamento após a chegada dos filhos. A comunicação muda, o tempo para o outro diminui e o desejo sexual pode sofrer oscilações. O que muitos não percebem é que, ao ignorar essas mudanças, cria-se um afastamento silencioso que, aos poucos, corrói a relação.
Na minha prática clínica, vejo que casais que não dialogam sobre essas transformações acabam se tornando apenas “pais de filhos em comum”, perdendo o vínculo conjugal. É aí que entra o Casamento de Alta Performance: uma metodologia que desenvolvi justamente para ajudar casais a fortalecer a conexão, mesmo diante dos desafios da vida cotidiana. Um dos pilares da metodologia é resgatar a intimidade emocional e física, que é essencial para a manutenção de uma relação saudável.
A mulher que deseja também precisa ser nutrida
Falar de intimidade não é apenas sobre sexualidade, mas também sobre toque, olhar, presença, carinho e disposição para viver o prazer em suas diversas formas. Cuidar da intimidade é cuidar do vínculo e da autoestima.
Foi com esse propósito que criei a Ápice Intimus, uma loja online que oferece cosméticos íntimos com discrição, respeito e acolhimento. Afinal, cuidar da sexualidade deve ser tão natural quanto cuidar da pele, dos cabelos ou da saúde física.
Permitir-se sentir prazer, se reconectar com o corpo e com a própria sensualidade é uma forma de se reencontrar como mulher — e isso não é egoísmo, é autocuidado.
Conclusão:
Neste Dia das Mães, que tal presentear a si mesma com mais do que flores? Que tal se dar o direito de existir por inteiro — como mãe, mulher e parceira?
Você não precisa se dividir em mil para dar conta de tudo. O que você precisa é se integrar. Honre a maternidade, mas também honre seus desejos, seus limites e sua necessidade de conexão.
Que você se sinta acolhida, vista e amada — inclusive por você mesma. E que o amor dentro do seu relacionamento possa florescer junto com todas as versões de quem você é.
Psi Elaine C Souza
CRP 06/170248